A ARTE CRISTÃ

A religião Cristã esteve presente desde o seu início na arte das pessoas.

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Aqui vemos o Cristo como o “Bom Pastor”, imagem comum nas catacumbas cristãs. Porque no inicio eram perseguidos e a arte estava escondida, assim como os Cristãos. A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

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O período Medieval é considerado a Idade da Fé! A partir do concílio de Niceia em 325 tudo mudou na Europa. A Igreja começou a espalhar a sua religião e no século V os padres começaram a espalhar-se e a multiplicar-se e a Igreja começou a ter um papel mais forte e incisivo em todas as vertentes humanas e sociais. No ano 455 surge o bispo de Roma que controla toda a Cristandade europeia.

A disseminação dos valores cristãos acabou não só interferindo no pensamento religioso medieval, mas também ampliou o papel da Igreja no momento em que esta passou a controlar terras e a influenciar determinadas acções políticas. Não é por acaso que observamos que vários membros da nobreza e outros monarcas dessa época entregaram parte das suas propriedades como uma prova de abnegação. Com isso, o papel desempenhado pelo clero na Europa Feudal atingiu os campos político e económico.

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A Arte do Bizâncio

A arquitectura bizantina possui inspiração helenística e orientalista. As suas basílicas são célebres pelas linhas curvas, a exemplo da Igreja de Santa Sofia, em Constantinopla (actual Istambul).

A célebre igreja de Santa Sofia (532/37) dominada por seu grande domo, foi um modelo para as obras cristãs posteriores e para os arquitectos turcos. Outras igrejas bizantinas podem ser vistas em Ravena, Itália e em Dafne, perto de Atenas. A Catedral de São Marcos, em Veneza, é inspirada na arte bizantina. O interior de tais igrejas era coberto de mosaicos de vidro brilhante, típicos desta arte. Os esmaltes, o entalhe em marfim, a ourivesaria e a prata eram usados para embelezar relicários, muitos dos quais foram levados para igrejas ocidentais depois do saque de Constantinopla pelos cruzados, em 1204.

As imagens religiosas bizantinas sobreviveram por muitos séculos, depois da queda de Constantinopla, nos ícones russos, gregos e balcânicos.

Inspirada e guiada pela religião, a arquitectura alcançou sua expressão mais perfeita na construção de igrejas. E foi precisamente nas edificações religiosas que se manifestaram as diversas influências absorvidas pela arte bizantina. Houve um afastamento da tradição greco-romana, sendo criadas, sob influência da arquitectura persa, novas formas de templos, diferentes dos ocidentais. Foi nessa época que se iniciou a construção das igrejas de planta de cruz grega, coberta por cúpulas em forma de pendentes, conseguindo-se assim fechar espaços quadrados com tecto de base circular. As características predominantes seriam a cúpula (parte superior e côncava dos edifícios) e a planta de eixo central, também chamada de planta de cruz grega (quatro braços iguais). A cúpula procurava reproduzir a abóbada celeste. Esse sistema, que parece já ter sido utilizado na Jordânia em séculos anteriores e inclusive na Roma Antiga, se transformou no símbolo do poderio bizantino.

Mais tarde a Europa consegue impor um novo estilo típico dos mosteiros e das peregrinações.

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Igreja S.Tiago de Coimbra

Portugal ficou profundamente marcado por este estilo robusto e forte. Embora alterada nos nossos dias, S. Tiago é um templo Românico do último quartel do Séc. XII, e que marca em Coimbra o “Caminho” para Santiago de Compostela. Cedo se tornou um ponto de paragem obrigatório para os Peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. A edificação e consagração de um Templo a Santiago, terá feito parte de um programa que, mais do que pela linguagem estética que consagrou, contribuiu para a afirmação dos valores dominantes e foi, em Portugal, um pequeno passo na construção da Europa deste tempo.

A arte românica surgiu em plena época feudal, tendo-se desenvolvido entre os sécs. XI e finais do séc. XII, transformando-se numa arte amadurecida e estruturalmente flexível, que se espalhou por toda a Europa, tornando-se no primeiro estilo internacional da Idade Média. Nesta época, toda a civilização europeia se moveu em nome de uma renovação arquitectónica que foi a expressão mais pura da Fé.

A religião, o temor religioso e o medo do Juízo Final, movimentaram os fiéis nas peregrinações aos principais lugares santos. Os mosteiros e as igrejas que eram centros difusores da religiosidade da época, tinham uma maior importância quando possuíam relíquias de santos, tornando-se, eles mesmos, locais de peregrinação.
As peregrinações e as cruzadas, feitas por populares e nobres, contribuíram em grande parte para a internacionalização da arte do Oriente e do Românico.
O sistema político feudal e a religião foram os dois pólos dinamizadores da arte na sociedade medieval. A arte serviu a majestade do poder temporal e religioso, sendo feita para honorificar ambos.

Ver o site:

http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com/2009/04/arte-medieval-arte-romanica.html

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O primeiro edifício gótico foi a abadia Saint-Denis, construído por volta de 1140.

No século XII teve início uma economia fundamentada no comércio, o que fez a vida se deslocar do campo para as cidades e surgir a burguesia. A primeira diferença entre uma igreja românica e uma gótica é a fachada. Enquanto as igrejas romãnicas  apresentam um único portal, as igrejas góticas têm 3 portais que dão acesso às 3 naves do interior da igreja. A características mais importante da arquitetura gótica é a abóboda de nervuras, que deixa à vista os arcos que formam sua estrutura. Elas permitiram construir edifícios mais altos, enquanto os pilares ajudavam a sustentar a estrutura do prédio, não sendo necessárias grossas paredes, que foram substituídas por grandes áreas de vitrais.

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O Renascimento

O Renascimento (ou Renascença) foi um movimento cultural e simultaneamente um período da história europeia, considerado marcante para o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. O Renascimento é normalmente considerado como tendo começado no século XIV na Itália e no século XVI no norte da Europa.
Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, a Renascença fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, económicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval. O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro nas cidades italianas, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.
O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os académicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura europeia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio".

 Mais tarde surge um novo estilo com muita teatralidade: o Barroco.

Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra-Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período. Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de abordagens estilísticas, que foram englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele. As mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, pois, de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores, e de um desejo de superá-las com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação ao período anterior.

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Pietro da Cortona: O triunfo da Divina Providência, 1633-1639. Afresco em teto do Palazzo Barberini, Roma

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Cordeiro-pascal pintura de Josefa de Óbidos(1630 — 1684)

A ARTE DO RENASCIMENTO

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adoptando-se os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases.

ARQUITETURA
Os arquitectos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmónica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adoptaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas.

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Catedral de Florença (1404 - 1420) cúpula de Filippo Brunelleschi

ESCULTURA
Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos.
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, reflectindo os seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado reflectindo o naturalismo.
Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas.

image Piéta (1500) de Michelangelo Buonarroti

PINTURA
Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras.

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A criação de Adão, Capela Sistina, Roma, Itália (1508 - 1512)

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A última Ceia (1495 - 1497) de Leonardo da Vinci

Não devemos repetir os erros dos nossos antepassados!

O Dia 21 de Maio foi muito bom!

EMRC

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EDUCAÇÃO MORAL RELIGIOSA CATÓLICA NÃO É CATEQUESE!

Catequese e EMRC são coisas diferentes! A catequese tem em vista a vivência da fé, o levar cada cristão a fazer a sua própria experiência pessoal de relação com Deus. A EMRC tem no seu cerne o conhecimento, o saber, a reflexão sobre Deus, a vida e o mundo, sobre a dimensão ética, moral e religiosa da pessoa humana.

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A frase que preside ao nosso trabalho deste ano - "Tornai as vossas vidas lugares de beleza" - foi preferida por Bento XVI, no encontro com o mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém, aquando da sua visita a Portugal, em Maio de 2010.

A ideia de a adoptar como lema nasceu do diálogo entre docentes de EMRC, com o intuito de que ela nos ajude a orientar a nossa acção para redescoberta da beleza do projecto do Criador para cada um de nós, assim como para aqueles com quem nos cruzamos na comunidade escolar, nomeadamente os alunos.

Que este ano lectivo de 2010-2011 seja, pois, um tempo de descoberta dos reflexos da Beleza, semeados no mundo que nos envolve e, sobretudo, no íntimo do coração humano, santuário da beleza interior, local por excelência de encontro com a Beleza infinita.

Este ano vamos realçar a missão 2010. Aos docentes D. Manuel Clemente pediu que tornem "sedutora e criativa" a tarefa de dialogar entre a herança "social, cultural e religiosa das gerações anteriores" e a educação contemporânea.

Missão2010

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Setembro é o mês que ganha novo impulso com os professores e alunos de EMRC, o início das actividades escolares que, no âmbito desta disciplina e com o apoio do Secretariado Diocesano, querem "consolidar um «movimento» escolar cristão, com os seus objectivos e programas, as suas campanhas e momentos simbólicos", referiu D. Manuel Clemente.

 

 

VIII Encontro de EMRC da diocese do Porto

 

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No passado dia 21 de Maio, realizou-se mais o VIII Encontro de Alunos de EMRC da diocese do Porto. Estiveram presentes cerca de 15 mil alunos de 124 escolas, inundando o Parque da Cidade do Porto de cor e alegria. E a nossa escola também lá esteve com 100 alunos.

Estes encontros proporcionaram, aos alunos, um conjunto bastante diversificado de actividades lúdico-desportivas adaptadas aos vários níveis etários de todos os anos de escolaridade, do ensino básico ao secundário; um concerto de música ao gosto dos nossos jovens (este ano com o grupo Dealema); um convívio e uma grande alegria de sentirem que pertencem a um grupo especial e bastante numeroso de alunos de EMRC, que na diocese do Porto totaliza mais de 70 mil.

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Este encontro procura ser o culminar de outras actividades que a disciplina de EMRC promove durante todo o ano nas escolas e que lhe confere um cunho específico no contexto de todas as outras disciplinas e uma dinâmica de afirmação perante toda a comunidade escolar que, juntamente com o todo o seu programa em renovação, deverá contribuir para que seja encarada por todos como uma necessidade, suscitando, num número muito significativo de alunos, um desejo crescente de adesão.

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BOAS FÉRIAS!

A professora de Educação Moral Religiosa Católica desta escola deseja a todos os alunos umas boas férias e um bom descanso junto da família. Também espera que os professores descansem durante o mês de Agosto para voltarem com mais energia e simpatia para com todos!

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Avé Maria

 

A música acalma a Alma!